Recta Orientada - Eixo
Uma recta r é orientada quando fixa nela um sentido de percurso, considerado positivo e indicado por uma seta.
Segmento orientado
Um segmento orientado é determinado por um par ordenado de pontos, o primeiro chamado origem do segmento, o segundo chamado extremidade.
Segmento Nulo
Um segmento nulo é aquele cuja extremidade coincide com a origem.
Segmentos Opostos
Se AB é um segmento orientado, o segmento orientado BA é oposto de AB.
Medida de um Segmento
Fixada uma unidade de
comprimento, cada segmento orientado pode-se associar um número real, não
negativo, que é a medida do segmento em relação aquela unidade. A medida do
segmento orientado é o seu comprimento ou seu módulo. O
comprimento do segmento AB é indicado por
.
Assim, o comprimento do segmento AB representado na figura abaixo é de 5 unidades de comprimento:
= 5
u.c.
Observações
Os segmentos nulos têm comprimento igual a zero
=
.
Direcção e Sentido
Dois segmentos orientados não nulos AB e CD têm a mesma direcção se as rectas suportes desses segmentos são paralelas:
ou coincidentes
|
|
Observações
Só se pode comprar os sentidos de dois segmentos orientados se eles têm mesma direcção.
Dois Segmentos orientados opostos têm sentidos contrários.
Segmentos Equipolentes
Dois segmentos orientados AB e CD são equipolentes quando têm a mesma direcção, o mesmo sentido e o mesmo comprimento.
Se os segmentos orientados AB e CD não pertencem à mesma recta. Na segunda figura abaixo, para que AB seja equipolente a CD é necessário que AB//CD e AC/BD, isto é, ABCD deve ser um paralelogramo.
|
|
Observações
Dois segmentos nulos são sempre equipolentes.
A equipolência dos segmentos AB e CD é representada por AB ~ CD.
Propriedades da Equipolência
AB ~ AB (reflexiva).
Se AB ~ CD, CD ~ AB (simétrica).
Se AB ~ CD e CD ~ EF, AB ~ EF (transitiva).
Dado o segmento orientado AB e um ponto C, existe um único ponto D tal que AB ~ CD.
Vector
O vector determinado por um segmento orientado AB é o conjunto de todos os segmentos orientados equipolentes a AB.
Se indicarmos com
este
conjunto, simbolicamente poderemos escrever:
= {XY/XY
~ AB}
onde XY é um segmento qualquer do conjunto.
O vector determinado por AB
é indicado por
ou B
- A ou
.
um mesmo vector
é
determinado por uma infinidade de segmentos orientados, chamados
representantes desse vector, e todos equipolentes entre si. Assim, um
segmento determina um conjunto que é o vector, e qualquer um destes
representantes determina o mesmo vector. Usando um pouco mais a nossa capacidade de
abstracção, se os considerarmos todos como infinitos e orientados de origem
comum, estamos a caracterizar, através de representantes, a totalidade dos
vectores do espaço. Ora, cada um destes segmentos é um representante de um só
vector. Consequentemente, todos os vectores estão representados naquele
conjunto que imaginamos.
As características de um
vector
são as
mesmas de qualquer um de seus representantes, isto é: o módulo, a
direcção e o sentido do vector são o módulo, direcção e o sentido de
qualquer um de seus representantes.
O módulo de
se
indica por |
|
.
Vectores iguais
Dois vectores
e
são
iguais se, e somente se, AB ~ CD.
Vector Nulo
Os segmentos nulos, por serem
equipolentes entre si, determinam um único vector, chamado vector nulo ou vector
zero, e que é indicado por
.
Vectores Opostos
Dado um vector
=
, o
vector
é
o oposto de
e se
indica por
ou por
.
Vector Unitário
Um vector
é
unitário se |
|
= 1.
Versor
Versor de um
vector não
nulo é o
vector unitário de mesma direcção e mesmo sentido de
.
Por exemplo, tomemos um
vector
de
módulo 3.
Os vectores
e
da
figura são vectores unitários, pois ambos têm módulo 1. No entanto, apenas
tem a
mesma direcção e o mesmo sentido de
.
Portanto, este é o versor de
.
Vectores Colineares
Dois vectores
e
são
colineares se tiverem a mesma direcção. Em outras palavras:
e
são
colineares se tiverem representantes AB e CD pertencentes a uma
mesma recta ou a rectas paralelas.
Vectores Coplanares
Se os vectores não nulos
,
e
(não
importa o número de vectores) possuem representantes AB, CD e EF
pertencentes a um mesmo plano p,
diz-se que eles são coplanares.
Dois vectores
e
quaisquer são sempre coplanares, pois podemos sempre tomar um ponto no
espaço e, com origem nele, imaginar os dois representantes de
e
pertencendo a um plano p que passa por este ponto.
Três vectores poderão ou não ser coplanares.
,
e
são
coplanares
,
e
não são
coplanares
Soma de vetores
Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a soma de v e w, por:
v + w = (a+c,b+d)
Propriedades da soma de
vectores
I) Comutativa:
Para todos os vectores u e v de R2:
v + w = w + v II) Associativa: Para todos os vectores u, v e w de R2: u + (v + w) = (u + v) + w III) Elemento neutro: Existe um vector O=(0,0) em R2 tal que para todo vector u de R2, se tem: O + u = u IV) Elemento oposto: Para cada vector v de R2, existe um vector -v em R2 tal que: v + (-v) = O |
Diferença de vectores
Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a diferença entre v e w, por:
v - w = (a-c,b-d)
Produto de um escalar por um vector
Se v=(a,b) é um vetor e c é um número real, definimos a multiplicação de c por v, como:
c.v = (ca,cb)
Propriedades do produto de escalar por vector
Quaisquer que sejam k e c
escalares, v e w vectores:
|
Módulo de um vector
O módulo ou comprimento do vector v=(a,b) é um número real não negativo, definido por:
Vector unitário
Vector unitário é o que tem o módulo igual a 1.
Existem dois vectores unitários que formam a base canónica para o espaço R2, que são dados por:
i = (1,0) j = (0,1)
Para construir um vector unitário u que tenha a mesma direcção e sentido que um outro vector v, basta dividir o vector v pelo seu módulo, isto é:
Observação:
Para construir um vector u paralelo a um vector v, basta tomar u=cv onde c é um escalar não nulo. Nesse caso, u e v serão paralelos.
Se c = 0 então u será o vector nulo.
Se 0 < c < 1 então u terá comprimento menor do que v.
Se c > 1 então u terá comprimento maior do que v.
Se c < 0 então u terá sentido oposto ao de v.
Produto escalar
Dados os vetores u=(a,b) e v=(c,d), definimos o produto escalar entre os vectores u e v, como o número real obtido por:
u.v = a.c + b.d
Exemplos:
O produto escalar entre u=(3,4) e v=(-2,5) é:
u.v = 3.(-2) + 4.(5) = -6+20 = 14
O produto escalar entre u=(1,7) e v=(2,-3) é:
u.v = 1.(2) + 7.(-3) = 2-21 = -19
Propriedades do produto escalar
Quaisquer que sejam os vectores, u v
e w e k escalar:
v.w = w.v v.v = |v| |v| = |v|2 u.(v+w) = u.v + u.w (kv).w = v.(kw) = k(v.w) |kv| = |k| |v| |u.v| <= |u| |v| (desigualdade de Schwarz) |u+v| <= |u| + |v| (desigualdade triangular) Obs: <= significa menor ou igual |
Ângulo entre dois vectores
O produto escalar entre os vectores u e v pode ser escrito na forma:
u.v = |u| |v| cos(x)
onde x é o ângulo formado entre u e v.
Através desta última definição de produto escalar, podemos obter o ângulo x entre dois vectores genéricos u e v, como:
desde que nenhum deles seja nulo.
Vectores ortogonais
Dois vectores u e v são ortogonais se:
u.v = 0