Geometria Espacial

Conceitos primitivos

     São conceitos primitivos ( e, portanto, aceitos sem definição) na Geometria espacial os conceitos de ponto, recta e plano. Habitualmente, usamos a seguinte notação:


   

Observação: Espaço é o conjunto de todos os pontos.

Por exemplo, da figura a seguir, podemos escrever:

                           

 

Axiomas

      Axiomas, ou postulados (P), são proposições aceitas como verdadeiras sem demonstração e que servem de base para o desenvolvimento de uma teoria.

     Temos como axioma fundamental: existem infinitos pontos, rectas e planos.

 

Postulados sobre pontos e rectas

P1)A recta é infinita, ou seja, contém infinitos pontos.

                                      

P2)Por um ponto podem ser traçadas infinitas rectas.

 

P3) Por dois pontos distintos passa uma única recta.

P4) Um ponto qualquer de uma recta divide-a em duas semi-rectas.

   
Postulados sobre o plano e o espaço

P5) Por três pontos não colineares passa um único plano.

P6) O plano é infinito, isto é, ilimitado.

P7) Por uma recta pode ser traçada uma infinidade de planos.

P8) Toda recta pertencente a um plano divide-o em duas regiões chamadas semiplanos.

P9) Qualquer plano divide o espaço em duas regiões chamadas semi-espaços.

 

Posições relativas de duas rectas

No espaço, duas rectas distintas podem ser concorrentes, paralelas ou reversas:

 

 


 Temos que considerar dois casos particulares:

 

   

Postulado de Euclides ou das rectas paralelas   

P10) Dados uma recta  r e um ponto P r, existe uma única recta s, traçada por P, tal que r // s:      

                                       

   
Determinação de um plano

              Lembrando que, pelo postulado 5, um único plano passa por três pontos não colineares, um plano também pode ser determinado por:

Posições relativas de recta e plano

      Vamos considerar as seguintes situações:

a) recta contida no plano

     Se uma recta r tem dois pontos distintos num plano , então r está contida nesse plano:

 

b) recta concorrente ou incidente ao plano

    Dizemos que a recta r "fura" o plano ou que r e são concorrentes em P quando .

Observação: A recta r é reversa a todas as rectas do plano que não passam pelo ponto P.

c) recta paralela ao plano

    Se uma recta r e um plano não têm ponto em comum, então a recta r é paralela a uma recta t contida no plano ; portanto, r //

Em existem infinitas rectas paralelas, reversas ou ortogonais a r.

P11) Se dois planos distintos têm um ponto em comum, então a sua intersecção é dada por uma única reta que passa por esse ponto.
 

   

Perpendicularidade entre uma recta e um plano

         Uma recta r é perpendicular a um plano se, e somente se, r é perpendicular a todas as rectas de que passam pelo ponto de intersecção de r e .

Note que:

Observe, na figura abaixo, por que não basta que r seja perpendicular a uma única recta t de para que seja perpendicular ao plano:

Posições relativas de dois planos

          Consideramos as seguintes situações:

a) planos coincidentes ou iguais

b) planos concorrentes ou secantes

     Dois planos, , são concorrentes quando sua intersecção é uma única recta:

c) planos paralelo

    Dois planos, , são paralelos quando sua intersecção é vazia:


 Perpendicularidade entre planos

     Dois planos, , são perpendiculares se, e somente se, existe uma recta de um deles que é perpendicular ao outro:

Observação: Existem infinitos planos perpendiculares a um plano dado; esses planos podem ser paralelos entre si ou secantes.

 

Projecção ortogonal

     A projecção ortogonal de um ponto P sobre um plano é a intersecção do plano com a recta perpendicular a ele, conduzida pelo ponto P:

      A projeção ortogonal de uma figura geométrica F ( qualquer conjunto de pontos) sobre um plano é o conjunto das projecções ortogonais de todos os pontos de F sobre :

Distâncias

      A distância entre um ponto e um plano é a medida  do segmento cujos extremos são o ponto e sua projecção ortogonal sobre o plano:

      A distância entre uma recta e um plano paralelo é a distância entre um ponto qualquer da recta e o plano:

      A distância entre dois planos paralelos é a distância entre um ponto qualquer de um deles e o outro plano:

      A distância entre duas rectas reversas, r e s, é a distância entre um ponto qualquer de uma delas e o plano que passa pela outra e é paralelo à primeira recta:

Ângulos

      O ângulo entre duas rectas reversas é o ângulo agudo que uma delas forma com uma recta paralela à outra:

      O ângulo entre uma recta e um plano é o ângulo que a recta forma com sua projecção ortogonal sobre o plano:

Observações:

 

Diedros, triedos, poliedros

Diedros

      Dois semiplanos não coplanares, com origem numa mesma recta, determinam uma figura geométrica chamada ângulo diédrico, ou simplesmente diedro:

Triedos

         Três semi-retas não coplanares, com origem num mesmo ponto, determinam três ângulos que formam uma figura geométrica chamada ângulo triédrico, ou simplesmente triedro:

 

Ângulo poliédrico

      Sejam  n semi-rectas de mesma origem tais que nunca fiquem três num mesmo semiplano. Essas semi-rectas determinam n ângulos em que o plano de cada um deixa as outras semi-rectas em um mesmo semi-espaço. A figura formada por esses ângulos é o ângulo poliédrico.

Poliedros

      Chamamos de poliedro o sólido limitado por quatro ou mais polígonos planos, pertencentes a planos diferentes e que têm dois a dois somente uma aresta em comum. Veja alguns exemplos:

      Os polígonos são as faces do poliedro; os lados e os vértices dos polígonos são as arestas e os vértices do poliedro.
   

Poliedros convexos e côncavos

      Observando os poliedros acima, podemos notar que, considerando qualquer uma de suas faces, os poliedros encontram-se inteiramente no mesmo semi-espaço que essa face determina. Assim, esses poliedros são denominados convexos.

        Isso não acontece no último poliedro, pois, em relação a duas de suas faces, ele não está contido apenas em um semi-espaço. Portanto, ele é denominado côncavo.
   

Classificação

      Os poliedros convexos possuem nomes especiais de acordo com o número de faces, como por exemplo:

 

Poliedros regulares

      Um poliedro convexo é chamado de regular se suas faces são polígonos regulares, cada um com o mesmo número de lados e, para todo vértice, converge um mesmo número de arestas.

       Existem cinco poliedros regulares:

Poliedro

Planificação

Elementos

Tetraedro

4 faces triangulares

4 vértices

6 arestas

Hexaedro

6 faces quadrangulares

8 vértices

12 arestas

Octaedro

8 faces triangulares

6 vértices

12 arestas

Icosaedro

20 faces triangulares

12 vértices

30 arestas

 

Relação de Euler

      Em todo poliedro convexo é válida a relação seguinte:

V - A + F = 2

em que V é o número de vértices, A é o número de arestas e F, o número de faces.

Observe os exemplos:

V=8   A=12    F=6

8 - 12 + 6 = 2

V = 12  A = 18   F = 8

12 - 18 + 8 = 2

 

 

Poliedros platônicos

      Diz-se que um poliedro é platônico se, e somente se:

a) for convexo;

b) em todo vértice concorrer o mesmo número de arestas;

c) toda face tiver o mesmo número de arestas;

d) for válida a relação de Euler.

       Assim, nas figuras acima, o  primeiro poliedro é platônico e o segundo, não platônico.

 

Prismas

       Na figura abaixo, temos dois planos paralelos e distintos, , um polígono convexo R contido em e uma recta r que intercepta , mas não R:

      Para cada ponto P da região R, vamos considerar o segmento , paralelo à recta r :

      Assim, temos:

      Chamamos de prisma ou prisma limitado o conjunto de todos os segmentos congruentes paralelos a r.

 

Elementos do prisma

      Dados o prisma a seguir, consideramos os seguintes elementos:

Classificação

      Um prisma pode ser:

Veja:

prisma recto

prisma oblíquo

    Chamamos de prisma regular todo  prisma recto cujas bases são polígonos regulares:

prisma regular triangular

prisma regular hexagonal

Observação: As faces de um prisma regular são rectângulos congruentes.

Secção

      Um plano que intercepte todas as arestas de um prisma determina nele uma região chamada secção do prisma.

        Secção transversal é uma região determinada pela intersecção do prisma com um plano paralelo aos planos das bases ( figura 1). Todas as secções transversais são congruentes ( figura 2).

 

Áreas

      Num prisma, distinguimos dois tipos de superfície: as faces e as bases. Assim, temos de considerar as seguintes áreas:

a) área de uma face (AF ):área de um dos paralelogramos que constituem as faces;

b) área lateral ( AL ):soma das áreas dos paralelogramos que formam as faces do prisma.

      No prisma regular, temos:

AL = n . AF (n = número de lados do polígono da base)

c) área da base (AB): área de um dos polígonos das bases;

d) área total ( AT): soma da área lateral com a área das bases

AT = AL + 2AB

      Vejamos um exemplo.

      Dado um prisma hexagonal regular de aresta da base a e aresta lateral h, temos:

     

Paralelepípedo

      Todo prisma cujas bases são paralelogramos recebe o nome de paralelepípedo. Assim, podemos ter:

a) paralelepípedo oblíquo

b) paralelepípedo recto

         Se o paralelepípedo  recto tem bases rectangulares, ele é chamado de paralelepípedo reto-rectângulo, ortoedro ou paralelepípedo rectângulo.
   


Paralelepípedo rectângulo

      Seja o paralelepípedo rectângulo de dimensões a, b e c da figura:

      Temos quatro arestas de medida a, quatro arestas de medida b e quatro arestas de medida c; as arestas indicadas pela mesma letra são paralelas.

 

Diagonais da base e do paralelepípedo

      Considere a figura a seguir:

db = diagonal da base

dp = diagonal do paralelepípedo

      Na base ABFE, temos:

         No triângulo AFD, temos:

Área lateral

      Sendo AL a área lateral de um paralelepípedo rectângulo, temos:

AL= ac + bc + ac + bc = 2ac + 2bc =AL = 2(ac + bc)

   
Área total

      Planificando o paralelepípedo, verificamos que a área total é a soma das áreas de cada par de faces opostas:

AT= 2( ab + ac + bc)

 

Volume

      Por definição, unidade de volume é um cubo de aresta 1. Assim, considerando um paralelepípedo de dimensões 4, 2 e 2, podemos decompô-lo em 4 . 2 . 2 cubos de aresta 1:

      Então, o volume de um paralelepípedo rectângulo de dimensões a, b e c é dado por:

V = abc

      Como o produto de duas dimensões resulta sempre na área de uma face e como qualquer face pode ser considerada como base, podemos dizer que o volume do paralelepípedo rectângulo é o produto da área da base AB pela medida da altura h:

 

Cubo

      Um paralelepípedo rectângulo com todas as arestas congruentes ( a= b = c) recebe o nome de cubo. Dessa forma, as seis faces são quadrados.

Diagonais da base e do cubo

      Considere a figura a seguir:

dc=diagonal do cubo

db = diagonal da base

     Na base ABCD, temos:

  No triângulo ACE, temos:

Área lateral

      A área lateral AL é dada pela área dos quadrados de lado a:

AL=4a2

Área total

      A área total AT é dada pela área dos seis quadrados de lado a:

AT=6a2

Volume

      De forma semelhante ao paralelepípedo retângulo, o volume de um cubo de aresta a é dado por:

V= a . a . a = a3

 

Generalização do volume de um prisma

      Para obter o volume de um prisma, vamos usar o princípio de Cavalieri ( matemático italiano, 1598 - 1697), que generaliza o conceito de volume para sólidos diversos.

      Dados dois sólidos com mesma altura e um plano , se todo plano, paralelo a , intercepta os sólidos e determina secções de mesma área, os sólidos têm volumes iguais:

        Se 1 é um paralelepípedo rectângulo, então V2 = ABh.

       Assim, o volume de todo prisma e de todo paralelepípedo é o produto da área da base pela medida da altura:

Vprisma = ABh

Cilindro

      Na figura abaixo, temos dois planos paralelos e distintos,, um círculo R contido em e uma recta r que intercepta , mas não R:

      Para cada ponto C da região R, vamos considerar o segmento , paralelo à recta r :

      Assim, temos:

      Chamamos de cilindro, ou cilindro circular, o conjunto de todos os segmentos congruentes e paralelos a r.

   
Elementos do cilindro

      Dado o cilindro a seguir, consideramos os seguintes elementos:

 

Geometria Espacial
   

Classificação do Cilindro

      Um cilindro pode ser:

      Veja:

      O cilindro circular reto é também chamado de cilindro de revolução, por ser gerado pela rotação completa de um rectângulo por um de seus lados. Assim, a rotação do rectângulo ABCD pelo lado gera o cilindro a seguir:

      A recta contém os centros das bases e é o eixo do cilindro.

 

Secção

      Secção transversal é a região determinada pela intersecção do cilindro com um plano paralelo às bases. Todas as secções transversais são congruentes.

      Secção meridiana é a região determinada pela intersecção do cilindro com um plano que contém o eixo.

Geometria Espacial
 

 Áreas

      Num cilindro, consideramos as seguintes áreas:

a) área lateral (AL)

     Podemos observar a área lateral de um cilindro fazendo a sua planificação:

      Assim, a área lateral do cilindro recto cuja altura é h e cujos raios dos círculos das bases são r é um rectângulo de dimensões :

 

b) área da base ( AB):área do círculo de raio r

c) área total ( AT): soma da área lateral com as áreas das bases

 

 Volume

      Para obter o volume do cilindro, vamos usar novamente o princípio de Cavalieri.

       Dados dois sólidos com mesma altura e um plano , se todo plano , paralelo ao plano , intercepta os sólidos e determina secções de mesma área, os sólidos têm volumes iguais:

 

         Se 1 é um paralelepípedo rectângulo, então V2 = ABh.

         Assim, o volume de todo paralelepípedo rectângulo e de todo cilindro é o produto da área da base pela medida de sua altura:

Vcilindro = ABh

          No caso do cilindro circular recto, a área da base é a área do círculo de raio r ;

portanto seu volume é:

Cilindro equilátero

      Todo cilindro cuja secção meridiana é um quadrado ( altura igual ao diâmetro da base) é chamado cilindro equilátero.

:

Cone circular

      Dado um círculo C, contido num plano , e um ponto V ( vértice) fora de , chamamos de cone circular o conjunto de todos os segmentos .

Elementos do cone circular

      Dado o cone a seguir, consideramos os seguintes elementos:

 

Cone recto

      Todo cone cujo eixo de rotação é perpendicular à base é chamado cone recto, também denominado cone de revolução. Ele pode ser gerado pela rotação completa de um triângulo rectângulo em torno de um de seus catetos.

      Da figura, e pelo Teorema de Pitágoras, temos a seguinte relação:

g2 = h2 + R2

Secção meridiana

      A secção determinada, num cone de revolução, por um plano que contém o eixo de rotação é chamada secção meridiana.

      Se o triângulo AVB for equilátero, o cone também será equilátero:

 

 

Áreas

  Desenvolvendo a superfície lateral de um cone circular recto, obtemos um sector circular de raio g e comprimento :

          Assim, temos de considerar as seguintes áreas:

a) área lateral (AL): área do sector circular

b) área da base (AB):área do circulo do raio R

c) área total (AT):soma da área lateral com a área da base

Volume

       Para determinar o volume do cone, vamos ver como calcular volumes de sólidos de revolução. Observe a figura:

d = distância do centro de gravidade (CG) da sua superfície ao eixo e

S=área da superfície

         Sabemos, pelo Teorema de Pappus - Guldin, que, quando uma superfície gira em torno de um eixo e, gera um volume tal que:

         Vamos, então, determinar o volume do cone de revolução gerado pela rotação de um triângulo rectângulo em torno do cateto h:

        O CG do triângulo está a uma distância  do eixo de rotação. Logo:

 

Pirâmides

      Dados um polígono convexo R, contido em um plano , e um ponto V ( vértice) fora de , chamamos  de pirâmide o conjunto de todos os segmentos .

Elementos da pirâmide

        Dada a pirâmide a seguir, temos os seguintes elementos:

 

Classificação

      Uma pirâmide é recta quando a projecção ortogonal do vértice coincide com o centro do polígono da base.

        Toda pirâmide recta, cujo polígono da base é regular, recebe o nome de pirâmide regular. Ela pode ser triangular, quadrangular, pentagonal etc., conforme sua base seja, respectivamente, um triângulo, um quadrilátero, um pentágono etc.

        Veja:

Observações:

1ª) Toda pirâmide triangular recebe o nome do tetraedro. Quando o tetraedro possui como faces triângulos equiláteros, ele é denominado regular ( todas as faces e todas as arestas são congruentes).

2ª) A reunião, base com base, de duas pirâmides regulares de bases quadradas resulta num octaedro. Quando as faces das pirâmides são triângulos equiláteros, o octaedro é regular.

 

Secção paralela à base de uma pirâmide

        Um plano paralelo à base que intercepte todas as arestas laterais determina uma secção poligonal de modo que:

 

Relações entre os elementos de uma pirâmide regular

      Vamos considerar uma pirâmide regular hexagonal, de aresta lateral l e aresta da base a:

    Assim, temos:

    Áreas

Numa pirâmide, temos as seguintes áreas:

a) área lateral ( AL): reunião das áreas das faces laterais

b) área da base ( AB): área do polígono convexo ( base da pirâmide)

c) área total (AT): união da área lateral com a área da base

AT = AL +AB

        Para uma pirâmide regular, temos:

em que:

 

Volume

        O princípio de Cavalieri assegura que um cone e uma pirâmide equivalentes possuem volumes iguais:

Troncos

          Se um plano interceptar todas as arestas de uma pirâmide ou de um cone, paralelamente às suas bases, o plano dividirá cada um desses sólidos em dois outros: uma nova pirâmide e um tronco de pirâmide; e um novo cone e um tronco de cone.

          Vamos estudar os troncos.

Tronco da pirâmide

      Dado o tronco de pirâmide regular a seguir, temos:

   

Áreas

      Temos as seguintes áreas:

a) área lateral (AL): soma das áreas dos trapézios isósceles congruentes que formam as faces laterais

b) área total (AT): soma da área lateral com a soma das áreas da base menor (Ab) e maior (AB)

AT =AL+AB+Ab

Volume

     O volume de um tronco de pirâmide regular é dado por:

 

        Sendo V o volume da pirâmide e V' o volume da pirâmide obtido pela secção é válida a relação:

Tronco do cone

      Sendo o tronco do cone circular regular a seguir, temos:

 

Áreas

      Temos:

a) área lateral

b) área total


   
   

Volume

       Sendo V o volume do cone e V' o volume do cone obtido pela secção são válidas as relações:

 

Esfera

   Chamamos de esfera de centro O e raio R o conjunto de pontos do espaço cuja distância ao centro é menor ou igual ao raio R.

     Considerando a rotação completa de um semicírculo em torno de um eixo e, a esfera é o sólido gerado por essa rotação. Assim, ela é limitada por uma superfície esférica e formada por todos os pontos pertencentes a essa superfície e ao seu interior.

Volume

   O volume da esfera de raio R  é dado por:

Partes da esfera

Superfície esférica

   A superfície esférica de centro O e raio R é o conjunto de pontos do espaço cuja distância ao ponto O é igual ao raio R.

   Se considerarmos a rotação completa de uma semicircunferência em torno de seu diâmetro, a superfície esférica é o resultado dessa rotação.

        A área da superfície esférica é dada por:

    Zona esférica

   É a parte da esfera gerada do seguinte modo:

  

    A área da zona esférica é dada por:

Calote esférica

   É a parte da esfera gerada do seguinte modo:

    Ä área da calote esférica é dada por:

 

Fuso esférico

   O fuso esférico é uma parte da superfície esférica que se obtém ao girar uma semicircunferência de um ângulo em torno de seu eixo:

   A área do fuso esférico pode ser obtida por uma regra de três simples:

Cunha esférica

   Parte da esfera que se obtém ao girar um semicírculo em torno de seu eixo de um ângulo :

    O volume da cunha pode ser obtido por uma regra de três simples: