PRESSÃO

 

 

 

 

  

Richard P. Feynman (1918 - 1988)

Vamos imaginar que um baú é colocado sobre o piso, de modo a ficar apoiado sobre a sua face de maior área. O seu peso fica distribuído sobre toda a superfície de apoio. Se virarmos o baú e o deixarmos apoiado sobre uma das faces menores, seu peso se distribuirá sobre uma superfície menor. O peso ficará, por assim dizer, mais concentrado. Se conseguíssemos apoiar o baú apenas sobre um de seus vértices, o seu peso ficaria concentrado quase que sobre um único ponto.

A grandeza que nos informa o quanto uma força está concentrada sobre uma superfície é a pressão. A pressão é definida como a razão entre a força que actua perpendicularmente sobre a superfície e a área dessa superfície.

Pressão no interior de líquidos e gases
Numa piscina, por exemplo, podemos perceber que a pressão aumenta de acordo com a profundidade da água. Ao mergulharmos na parte rasa de uma piscina a pressão sobre os nossos tímpanos não chega a nos incomodar. Mas, se mergulharmos a uma profundidade maior que 3 metros ou 4 metros os ouvidos começam a doer. Isso acontece porque os nossos tímpanos estão adaptados à pressão atmosférica e se a pressão sobre eles aumenta, nós sentimos essa variação.

No ar acontece coisa semelhante. Nós vivemos no fundo da atmosfera terrestre. A pressão atmosférica tem um valor máximo ao nível do mar e diminui, à medida que a altitude aumenta.

Com certeza que já deve ter sentido nos seus tímpanos os efeitos da diminuição da pressão atmosférica. Numa viagem, quando subimos uma serra, ficamos sujeitos a uma diminuição relativamente brusca de pressão. Os nossos tímpanos acusam essa variação.

Esses factos demonstram que, no interior de um líquido ou de um gás sujeitos à acção da força da gravidade, os valores de pressão variam de acordo com a profundidade na qual queremos medi-la: quanto mais fundo, maior é a pressão.

 

1